03/07/2008

ABERTURA

0 COMENTÁRIO(S)
Enxergasse eu qualquer trilho
Onde a musa fecunda os eleitos
Para sempre cantaria o estribilho
Mesmo que de versos imperfeitos

Com uma eloquência que não admite intromissão, nem precisa de pedir licença, Sebastião Alba assinala:
- A Poesia foi, para mim, corso: de quando em vez, fazia abordagens.
Claro que trago comigo, como qualquer pirata que se preza,
o mapa desse tesouro, onde ninguém o encontrará: na pala do olho direito
- com o esquerdo, não sei porquê, vi sempre melhor.

E no seu limite diáfano, onde versos espigam, despertando antes que a seara amadureça, acentua:
- Movo-me nos bastidores da poesia,
e coro se de leve a escuto.

Num mundo cada vez mais marcado pela indiferença e pelo egoísmo, a criatividade de pensamento desta figura já desaparecida, porque invulgar, autêntica e superior, suscita outros horizontes de reflexão, impondo a sua áurea incontornável o destaque obrigatório na abertura desta página.

César Brandão - 27.07.2007

Videoteca


[+/-]

Recentes

[+/-]

Comentários